quarta-feira, 13 de abril de 2016

87 dias de viagem. Décimo segundo dia. Jordanelle Resevoir

Dia 9 de abril. Décimo segundo dia de viagem. Jordanelle Reservoir


Jordanelle Reservoir é um reservatório em Wasatch County, Utah, Estados Unidos, ao norte de Heber City. A barragem de Jordanelle foi construída em 1995.

Durante a primavera e verão é cenário para esportes aquáticos e pesca. Durante o inverno o lago fica totalmente congelado e para pescar é preciso fazer um buraco no gelo.


Domingo, dia 9 fomos pescar em Jordanelle. Para chegar lá pegamos a mesma estrada que vai para Park City. Demoramos uns 30 minutos para chegar ao local de nossa aventura de pesca e pic-nic. David, Silvye, eu e Charlie, o cão.
Mochilas nas costas, varas de pescar, chapéu na cabeça, casaco quente para enfrentar o frio, montanhas nevadas atrás de nós. Algumas com pistas de esqui. Cenário lindo. Vamos caminhando em direção ao lago. Tenho uma sensação de déjà vú. A água está baixa, muito baixa, me lembrou a represa de Paraibuna, SP Brasil. Quando passamos pela rodovia dos Tamoios, em época de seca, podemos ver os pescadores lá embaixo, troncos de árvores secas aparentes. Uma sensação de tristeza pela falta da pujança da água.
Devo confessar aqui que minha experiência em pesca é zero, ou quase, se é que pode contar a tentativa de pesca em Scofield.

David sai na frente à procura de um local para pescar. Lá embaixo, vejam que é bem lá embaixo. Se prestarem atenção, na margem ao lado do tronco seco tem um grupo de pescadores, David e Charlie descem, Silvye me explica o que eu devo fazer para uma descida segura enquanto tiro fotos. Olho para baixo e tenho a sensação de que isso não vai funcionar, mas guardo para mim, tudo em nome da aventura. Guardo minha máquina na sacola, e início a descida, pé ante pé, testando o solo cheio de pedras arenosas e...claro, levo um tombo e escorrego morro abaixo.
Tá certo, não foi tão morro abaixo, mas óbvio que caí. Quando consigo chegar lá embaixo, David já havia testado a água e sei lá como já sabia que não havia peixe por lá. Voltamos a subir para chegar no outro lado do lago, onde segundo ele, tinha peixe. Para chegar ao platô fui resgatada pelo David. Descemos para o outro lado. Quando estávamos descendo passa por nós um coelho correndo à toda. Charlie foi atrás dele, na esperança de pegá-lo.
Boa tentativa, Charlie!
David saiu para achar os peixes e eu e Silvye nos sentamos para nosso pic-nic, tomar vinho, dar risada e ascender a fogueira. Charlie voltou cansado da corrida atrás do coelho. Algum tempo depois David volta dizendo que não havia peixe e que deveríamos tentar novamente o outro lado do lago.
Tá bom...vai que nós já vamos.

O tempo começa a mudar, começa a chover fininho e desmontamos nosso acampamento e vamos nos encontrar com David. Venta frio, chove. Silvye pega minha máquina e resolve tirar a minha foto de pescadora. Fake total.

Vamos caminhando e olhando para baixo, no lago para ver se encontramos David. Nada. O tempo vai piorando e resolvemos ir para o carro. Quando estamos chegando no carro David está chegando pela estrada, desanimado por não ter pescado nada. Guardamos nossas coisas no porta-malas, e Charlie se acomoda para iniciarmos a viagem rumo a Park City comer alguma coisa. David procura sua carteira e celular. Já estou sentada no banco de trás, Charlie já está ressonando e David surta. No cel, no wallet. Ele freakou, do verbo Freak(ar). Perdeu a carteira e o celular em algum lugar na margem do lago. Ele e Silvye voltam para a represa. Charlie e eu ficamos no carro. Charlie dorme e eu desenho.
Algum tempo depois, escuto um telefone tocar no porta-malas do carro. Desço do carro para abrir o porta-malas e achar o celular que toca insistentemente. Do lado direito do porta-malas tem um buraco e lá repousava tranquilamente o celular e a carteira. Atendo o telefone: Hi David, I found the wallet and the cell phone. Como ninguém pensou em fazer a ligação antes?
Risadas mil, fomos direto para Park City para o No Name Saloon.


Tomei uma sopa no pão deliciosa, uma taça de vinho e me encontrei com Bufalo Bill.
Como agradecer aos amigos momentos tão marcantes?





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