quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Chapada dos Guimarães, 8 dias sem carnaval. Caverna de Pobe Jari






Caverna de Pobe Jari
Pobe Jari foi nossa primeira caverna, o nome indígena significa “caverna das duas bocas”. Pedro, nosso guia nos explica que ela tem um formato de Y invertido e entramos por uma das alças. É muito emocionante entrar dentro desse espaço único e especial. Pelo chão corre água, acendemos as luzes de nossos celulares para saber por onde andamos. A parede da caverna parece ser meio rosa. O salão de entrada possui uns 3 metros de altura. Beleza de um palácio feito pela natureza. Volto meu olhar para a imensa boca de entrada e vejo o belo quadro da natureza exuberante de diferentes verdes se contrapondo ao escuro da caverna. Quando ilumino a parede vejo um inseto caminhar e lembro de minha prima Flávia Pellegatti Franco que trabalha estudando bichinhos de cavernas. Penso que seria bom estar com ela naquele lugar, assim ela iria me ajudar o olhar aquela beleza que entra dentro da mim. Mais para o interior da caverna o teto parece brilhar quando focamos as luzes, é o ouro do tolo ou pirita.
Pedro propõe que desliguemos as luzes e por alguns instantes ficamos em total silêncio no escuro compacto. Foi dessa maneira que fomos contaminados pelo centro geodésico, no ponto equidistante entre o Atlântico e o Pacífico, no coração da América do Sul, no interior mais profundo da caverna Pobe Jari. Nos surpreendemos, não por ser exótico, mas pelo fato de poder ter sempre estado oculto, quando terá sido o óbvio (Um índio – Caetano Veloso)




Nenhum comentário:

Postar um comentário